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Aumentos da Selic. E agora?

  • Foto do escritor: Lucca B. de Menezes
    Lucca B. de Menezes
  • 7 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu na última reunião, realizada em 17 de Março subir em 0,75 pp a taxa Selic. Por qual motivo?

Como iniciado no subtítulo do post, o Copom é o órgão do Banco Central, formado pelo seu Presidente e diretores, que define, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia - Selic, que baliza os parâmetros de juros para empréstimo e financiamento em nossa economia.


Este comitê realiza 8 reuniões ordinárias ao ano, podendo ter reuniões extraordinárias, convocadas por seu presidente, que é o Presidente do Banco Central do Brasil - hoje, Roberto Campos Neto.


Aumento de 0,75% na Selic.


O aumento de 0,75 pp, fez a taxa, que era de 2% aa, saísse de sua mínima histórica, depois de 6 anos consecutivos de baixa.


Em comunicado, o BC disse que a série consecutiva de cortes se encerrou e que a partir de agora a tendência é de uma nova alta da taxa, tendo em vista a pressão da inflação nos últimos meses no país.


Gráfico extraído de bcb.gov.br.


Porque deste aumento feito pelo Copom?


Pressionada pelo elevado nível de câmbio e a valorização das commodities, a inflação tem se mantido persistentemente elevada. Quando somamos isso ao risco apresentado pelo quadro fiscal devido ao recrudescimento da pandemia e a perspectiva de crescimento mais robusto no países desenvolvidos, vemos que os preços dos produtos e serviços finais não tem se mostrado desacelerando quanto o esperado.


Desta maneira, em sua Ata apresentada após a comitiva realizada, foi reconhecido que essa persistência dos elevados patamares de preço surpreendeu e trouxe projeções de fechar o ano de 2021 bem próximos de estourar a meta do governo de inflação (5,25%).


A próxima reunião acontecerá em Maio e a sinalização apresentada traz a intenção de um ajuste de igual magnitude (0,75%). Porém, analistas indicam que esse ajuste poderá ocorrer já em 1,0 p.p diante da contínua piora do quadro fiscal.


E quais são as perspectivas da taxa Selic para 2021?


A expectativa da taxa de juros até o fim do ano é de 5%aa a 5,25%, e segundo analistas, a nossa inflação é em 4,9% a 5% aa, sendo assim, as taxas reais continuam muito baixas, prevendo que não haja uma migração de capital da bolsa para produtos de renda fixa.


Na avaliação dos estrategistas do Morgan Stanley, ao contrário do que possa parecer, a alta de juros no Brasil pode ter um efeito positivo tendo, entre as razões, a melhora do equilíbrio da moeda brasileira em relação ao dólar. Além disso, o banco espera que um aumento no ritmo local de vacinação da Covid-19 deve ajudar a economia doméstica a acelerar no segundo semestre de 2021.


Em relação aos seus investimentos.


Alguns analistas ainda reforçam que, segundo analises de ciclos de alta do passado, o Ibovespa apresentou movimentos tanto positivos, quanto negativos, visto que não há uma correlação clara e direta entre o desempenho do benchmark da bolsa e a taxa de juros.


Em relatório, a XP Investimentos destacou "na média, para cada alta de 1 ponto percentual na taxa Selic, o Ibovespa caiu apenas 0,07%. Portanto, a taxa Selic não é a única - ou a mais importante - determinante dos rumos para o índice.





 
 
 

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© 2020 The Deal BR Magazine -  Por Lucca Menezes

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